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Relações Humano-Animal: Uma Abordagem a Partir da Percepção de Visitantes do Zoológico de Brasília.



O homem, desde o princípio, tem explorado o ambiente natural com um olhar particularmente atento e interessado para as outras formas de vida animal do planeta. Nós, seres humanos, possuímos uma conexão emocional própria com as demais espécies da Terra, portanto, as relações homem e animais retrocedem ao início da existência do ser humano na Terra. Desde então, essa interação caracterizou-se pelo domínio, seja inicialmente na caça, ou posteriormente, quando então foram domesticados a fim de que pudessem fornecer alimentos e até para entreter a humanidade. O homem manifesta sentimentos ambíguos quanto aos animais, projeta neles ódio, desejo, paixão, medo e temor, atribuem-lhes simbolismos. Essa afirmativa favorece com Wilson (2002) quando ele trata da biofilia, um dos sentimentos que o ser humano nutre por outros animais, ou seja, a tendência de se ligar emocionalmente a eles. Para Lopes (2002), a principal ameaça à fauna silvestre é a perda de habitat e o tráfico de animais. Enquanto houver interessados em manter animais aprisionados, vai haver tráfico de fauna e maus tratos a animais. Nunca haverá recurso público suficiente para restringir essa prática se não houver uma disposição da sociedade nesse sentido.Outras formas de interagir com animais se dão através de visitas em zoológicos. Os zoológicos contemporâneos que têm dentre suas funções educar e aproximar as pessoas com os animais, são constantemente procurados como forma de entretenimento e aprender a respeitar os mesmos. Hemsworth (2002) e Coleman (2000) discorrem que através de programas de educação para pessoas que trabalham diretamente com os animais, abordando aspectos da biologia animal, da percepção dos animais e dos humanos em relação ao manejo, e outras questões, como formas de melhorar o ambiente social do trabalho, é possível melhorar as atitudes e comportamentos dessas pessoas e alcançar, com isso, melhorias na produtividade e bem-estar dos animais.

Em pesquisas feitas é possível determinar que a maior parte da população vai a procura de animais da fauna exótica, e uma porcentagem menor pela fauna nativa. Junto a isso, as suas principais motivações para visualizarem determinadas espécies é a oportunidade em ver o animal de perto, pela beleza, interesse pelo comportamento dos animais e por ser uma espécie ameaçada de extinção. Outro motivo se dá pelo fato de que a maioria dos animais nativos encontrados no zoológico serem espécies consideradas carismáticas, ou seja, atraem o público, tem um apelo maior, por exemplo, borboletas, araras e macacos. Segundo pesquisas, as espécies que mais despertam interesse no público são os animais de porte grande. Essa amostra também pode estar vinculada pela influência dos meios de comunicação, pois nos últimos anos muitos filmes, documentários e campanhas sobre a fauna nativa têm sido apresentados em nível nacional e internacional. Entre os filmes mais recentes destacam-se Blue (2011), que trata das ameaças à arara-azul-de-lear, e Microcosmos (2005), sobre o universo da microfauna.A grande quantidade de informações sobre a vida animal transmitida principalmente pelos documentários televisivos tornou os visitantes dos zoológicos mais sensíveis e preocupados em conhecer e apreciar a vida animal. Apesar desse resultado, as espécies brasileiras ameaçadas de extinção ainda são pouco conhecidas pelos visitantes.


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