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O Zoológico como recurso didático para Educação Ambiental.

  • Foto do escritor: giulia lucheta
    giulia lucheta
  • 17 de nov. de 2021
  • 5 min de leitura


As escolas normalmente não utilizam os zoológicos como recurso didático para a aplicação de ações ambientais, visto que a divulgação dessas aplicações é voltada apenas para registro do passeio.

Contudo, na defesa da importância desse sentimento positivo autores como Dewitt, Storksdieck, Marshdoyleet e Meiers pontuaram o estímulo à afetividade como um objetivo dos professores em meios de educação não-formal, como zoológicos e museus, os quais devem somar com desenvolvimento cognitivo.

Segundo os autores, essas experiências positivas se constituirão da base para atitudes futuras, principalmente em crianças, uma vez que se sentem encorajados a proteger a natureza, construindo conhecimentos como base para posturas futuras.

Marshdoyleet e Meiers ressaltaram que as experiências fora da sala de aula, além de enriquecer a capacidade dos estudantes, auxiliam no aprendizado, seja afetivo ou cognitivo, aumentando o interesse e levando a vivência ao longo da vida.

Por isso, se faz necessário que as escolas compreendam o valor das atividades desempenhadas por zoológicos e utilizem esses locais como uma extensão da sala de aula, promovendo a completa experiência vivida, cognitiva ou afetiva e disseminação da nova consciência construída.

Martins ao desenvolver um projeto com o objetivo de fortalecer a integração entre escolas e zoológicos, através da percepção de diferentes atores envolvidos com as práticas educacionais ambientais, busca também inspirar outras instituições, concluindo que essas práticas reforçam a importância dos zoológicos como um ambiente multiplicador de ideias críticas voltadas ao meio ambiente.

Para o fortalecimento dessas relações, a escola pode ter a iniciativa em buscar o zoológico como um local apropriado para atividades de complementação ambiental e os zoológicos igualmente almejando alargar seus objetivos de conscientização, deste modo, os dois sairão favorecidos.

Percebe-se a grande importância da vivência de situações reais para que estudantes compreendam sua finalidade, o passeio afetivo pode ser tão importante quanto o passeio cognitivo, visto que os dois acarretam na busca de um cidadão consciente e responsável.

Docentes pesquisados por Tozoni-Reis, relataram utilizar revistas consideradas “normais” para incentivar a educação ambiental e não as revistas científicas, mesmo cientes de que esses veículos não possuem um comprometimento com conhecimento escolar objetivando divulgação para público leigo, portanto insuficiente para o aprimoramento que se espera.

Consequentemente, os passeios escolares que relacionam a EA em zoológicos precisam ser difundidos como uma manifestação da importância do meio ambiente, principalmente para as pessoas que não participaram do evento, mas que pesquisam nos meios populares sobre a sua finalidade, contribuindo para que outros educadores avaliem o que deu certo e o que não deu certo para que possam ajustar sua intervenção.

Uma educação ambiental que amplie os valores a partir do respeito às outras formas de vida do planeta é necessária para que seja transformadora, por isso, é preciso que a aprendizagem não seja apenas momentânea, mas sim persista para que ocorram mudanças de atitudes humanas e sociais.

Marin atestaram que a ampliação da dimensão da educação ambiental melhora o conhecimento educativo e a participação do mediador, fazendo com que o visitante seja estimulado a pensar criticamente nos problemas enfrentados pela natureza.

Percebe-se que mesmo diante da preocupação com o ambiente, a aproximação do ser humano com o meio natural ainda é contemporizada, porém, pode ser válida quando se pensa em formadores de opinião, sendo a divulgação de intervenções necessária para que atraia escolas e famílias. A análise dos artigos científicos e dos sites de Zoológicos permitiram identificar vulnerabilidades potencializadas por uma educação ambiental incipientemente conduzida que atrasa a sinergia de segmentos que compartilham o mesmo valor: a construção do cidadão crítico, autônomo e protagonista em prol da proteção e conservação ambiental.

Segundo Esteves, embora o conceito de vulnerabilidade se consolide inicialmente, do campo dos direitos humanos atualmente está mais relacionada com a incapacidade de alguns setores de suprir a necessidade de melhorias, seja da sociedade, do meio ambiente ou de vários outros campos.

Assim, professores que tem a oportunidade de desenvolver práticas de educação ambiental em salas de aula ou em outros ambientes, precisam estimular seus estudantes a pensar na crise ambiental e identificar os problemas que podem ser resolvidos com ações individuais.Vieiras e Tristão ressaltaram que as políticas de formação poderiam aproveitar as experiências cotidianas dos sujeitos transpondo os espaços como mero reprodutores de situações localizadas, mas sim como fontes de percepções e intervenções destituídas de limitações geográficas, físicas ou temporais, promovendo uma RA criativa e protagonista.

Percebe-se, portanto, que os professores também estão vulneráveis a essas ações, indicando como dificuldades a falta de materiais apropriados, a falta de subsídio para a visita, deficiência no auxílio por parte dos governantes, dos diretores e companheiros de trabalho, afetando a todos. A sociedade igualmente acaba por ser vulnerável uma vez que além da inacessibilidade a acessar textos científicos, não encontra no meio leigo informações consistentes.

Contudo se faz necessário promover conexão entre os espaços verdes, o que pode ser suprido pela existência de espaços deliberativos multidisciplinar de bioética ambiental, cuja orientação de visitas escolares, passeios familiares, turísticos e esportivos por meio de construção de intervenções de educação ambiental possibilite maior aproveitamento lúdico e cognitivo do ambiente.

Desse modo, verifica-se que muitos zoológicos não cumprem plenamente com seu papel de levar conscientização às escolas e que essa prática precisa ser difundida, com isso, a população não é capaz de perceber a importância da construção de uma sociedade mais sustentável que pensa e se importa com outras formas de vida.

presente estudo se constitui de um panorama atual da abordagem científica e popular da interface zoológicos/escola por meio da educação ambiental não confirmando a hipótese inicial de uma incorporação dessa interconexão, porém confirmando ser a divulgação das intervenções mais apropriadas pelo segmento popular e mais pronunciadas em ZI.

Esses resultados elucidam que a abordagem da educação ambiental pelos zoológicos precisa ser fortalecida, suas atividades educacionais ampliadas e pronunciada igualmente a sensibilização dos visitantes de finais de semana que devem transpor o zoológico como local de diversão, lazer para uma oportunidade de aprender sobre os animais, a natureza, a biodiversidade e a importância de cuidar do planeta.

Os zoológicos por envolverem múltiplos atores com interesses dispares congregam a vulnerabilidades associadas aos animais, educadores, estudantes e visitantes, cuja reflexão multidisciplinar em busca de mitigá-las por meio de valores comuns permite a apropriação pela bioética.

A incorporação da questão pela bioética almeja a contribuição na formação de cidadãos críticos à crise ambiental, autônomos nas atitudes sustentáveis, protagonistas em ações conscientizadoras e inovadoras na incorporação da tecnologia intencionando substituir o uso dos animais.

A proposta de criação de comitês de Bioética Ambiental nesses espaços, aos moldes dos comitês de ética em pesquisa ou ética hospital, pode se constituir de uma alternativa para a aproximação das escolas, sociedade, comércio e órgãos governamentais como zoológicos, museus ou parques, cuja multidisciplinaridade deve incentivar a inclusão da educação ambiental para estudantes de todos os níveis e para a sociedade como um todo.


 
 
 

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