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A Ciência Forense e a Investigação Com Estratégia Didática na Compreensão de Conceitos Científicos.

  • Foto do escritor: giulia lucheta
    giulia lucheta
  • 16 de mai. de 2021
  • 5 min de leitura

Atualizado: 4 de jun. de 2021



A Ciência Forense é uma área interdisciplinar que envolve física, biologia, química, matemática e várias outras ciências de fronteira. Seu objetivo é dar suporte às investigações relativas à justiça civil e criminal. As técnicas empregadas permitem que seja possível identificar, com relativa precisão, se uma pessoa, por exemplo, esteve ou não na cena do crime a partir de uma simples impressão digital e testes de DNA, além da possibilidade de analisar a autenticidade de obras de arte e exames de combustíveis adulterados.

Esta ciência pretende que o estudante seja posto em situações de pesquisador que lhe permitam reconhecer a importância do trabalho coletivo e individual, da investigação. Este tipo de atividade estimula uma variedade de atitudes: a observação, manipulação, curiosidade, interrogação, raciocínio e a experimentação.

A técnica do pó é a mais utilizada entre os peritos, é usada quando as impressões localizam–se em superfícies que possibilitam o decalque da impressão, ou seja, superfícies lisas, não rugosas e não adsorventes. Quando a impressão digital é recente, a água é o principal composto no qual as partículas de pó aderem. À medida que o tempo passa, os compostos oleosos, gordurosos ou sebáceos são os mais importantes. O procedimento resume-se a triturar um pedaço de carvão e borrifar o pó sobre a superfície que pode conter impressões digitais, retirar o excesso com um pequeno pincel e recolher a impressão com uma fita adesiva.

A técnica do nitrato de prata reage com cloretos de secreções da pele, com um resultado da revelação de cor acinzentada quando exposto à luz. Após a revelação, a impressão deve ser fotografada imediatamente, pois muito freqüentemente a reação acaba preenchendo a região vazia entre as cristas papilares, e assim forma–se um borrão.

Com exceção dos cloretos de prata, mercúrio e chumbo, todos os outros são solúveis em água. É exatamente uma destas exceções, o cloreto de prata, que permite a visualização da impressão. Deve–se deixar a superfície contendo a impressão secar em uma câmara escura. Após isto, ela é exposta à luz solar o tempo necessário para que o íon prata seja reduzido à prata metálica, revelando a impressão sob um fundo negro. A impressão digital revelada deve ser fotografada rapidamente antes que toda a superfície escureça.

A técnica do iodo tem como característica a sublimação, ou seja, passagem do estado sólido diretamente para o estado vapor. Para esse procedimento, a impressão encontra-se em objetos pequenos. O material é colocado junto com os cristais em um saco plástico selado, após agitação é gerado calor suficiente para a sublimação dos cristais.

A técnica da Ninidrina reage com aminoácidos para produzir um produto de reação com coloração roxa. Indicado para superfícies porosas, o tempo de revelação médio é de 10 dias, podendo ser acelerado com aplicação de calor e umidade.

A técnica do DFO (diazafluorenona), que é uma substância com alta capacidade de revelação e muito aplicada em superfícies porosas (como papel e cartolina), é muito útil também para revelar manchas de sangue, sua aplicação demanda a utilização de uma fonte de luz do tipo azul forense.

Para que seja possível identificar/descobrir a quem pertence cada uma das impressões digitais recolhidas em uma cena de crime ou situação semelhante, será necessário compará–las com as digitais de uma base de dados, tentando encontrar os traços característicos de cada uma para chegar ao possível suspeito.

Na análise das impressões digitais a comparação é efetuada a partir de 6–7 pontos–chave (intersecção, centro, bifurcação, fim de linha, ilha, delta e poro) escolhidos dentre os traços mais característicos. Se todos coincidirem temos a chamada: "Correspondência Positiva". Além desses pontos chaves para analisar as impressões digitais também são consideradas as linhas que formam nossos dedos. Por exemplo, arco, presilha interna, presilha externa e verticilo.

Método para investigação de pegadas: Descubra e escolha uma pegada nítida e coloque/prenda uma tira de cartolina à sua volta, de modo a formar um círculo que contorne a pegada e enterre–o no terreno, em seguida prepare o gesso. Ponha um pouco de água num balde, adicione o pó de gesso e mexa bem. Em seguida despeje o gesso na marca da pegada e deixe secar durante 15 minutos. Desenterre o molde de gesso e a terra à sua volta. Envolva o molde em papel de jornal. Quando o gesso estiver duro, desprenda a cartolina e lave o molde debaixo de água corrente.

Os vestígios de sangue podem determinar vários aspectos significativos de um crime, de acordo com o lugar onde ele cai, da maneira como cai, da consistência, do tamanho e do formato das gotas ou pingos de sangue.

Método para investigação de manchas de sangue na cena do crime: Envolver o uso de agente oxidante como por exemplo o reagente de Kastle–Meyer, um indicador que pode mudar de cor (ou luminescente) e que sinaliza a oxidação catalisada pela hemoglobina. Se a amostra for de sangue, esta terá, necessariamente, hemoglobina, a qual possui a característica de decompor o peróxido de hidrogênio. O oxigênio formado irá oxidar a benzidi–na, alterando–lhe sua estrutura, fenômeno que é perceptível, sob o ponto de vista experimental, com o aparecimento da coloração azul da solução.

As manchas podem ajudar a recriar um crime por causa da maneira como o sangue se comporta. Ele deixa o corpo como um líquido, seguindo as leis do movimento, do atrito e da gravidade. Ao se movimentarem, as gotas assumem a forma esférica por causa da tensão superficial. Assim, por causa das leis anteriores, as gotas se comportam de maneiras previsíveis quando caem sobre uma superfície ou quando uma força age sobre elas.

Respingos de sangue podem identificar como a vítima estava na hora em que foi golpeada. Um respingo de média velocidade tem uma força entre 1,5 e 30,5 metros por segundo e o seu diâmetro geralmente não é maior do que 4 mm. Esse tipo de respingo pode ser causado por um objeto sem ponta, como um bastão, ou pode ocorrer quando a pessoa é espancada ou golpeada com faca. Os respingos de alta velocidade geralmente são provocados por ferimentos à bala, embora também possam ser causados por outras armas se o agressor aplicar muita força e geralmente parecem com um borrifo formado por gotas pequenas.

Se estiverem principalmente na parede, é possível medir a distância entre a área de convergência e o objeto para descobrir onde a vítima estava.

São inúmeros os procedimentos e as técnicas que podem ser utilizadas na interligação entre a arma e o crime. Na identificação da arma pelo projétil é necessário verificar seu peso, formato, comprimento, diâmetro, composição, calibre, raiamento, es–triações laterais finas e deformações. A arma também pode ser identificada pela pólvora, revelando a direção do tiro ao deixar como evidência os resíduos da arma de fogo.


 
 
 

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© 2021 por Giulia Lucheta e Keisy Gabrielly 

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